sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O café de Karen

"O café, de acordo com as mulheres dinamarquesas, é para o corpo o que a Palavra de Deus é para a alma."  (Karen Blixen - Isak Dinensen)

Quando assisti Festa de Babette em meados de 1987, ainda uma mocinha, fiquei encantada. Conheci Karen Blixen, seus contos e livros. 

Karen Blixen nasceu em Rungsted, Dinamarca, em 1885. Frequentou academias de arte em Copenhague, Paris e Roma. Casou-se em 1914 com o barão Bror von Blixen-Finecke, indo viver numa fazenda de café no Quênia. Após divorciar-se, em 1921, continuou administrando sozinha a propriedade até que seguidos prejuízos e a quebra do mercado de café forçaram sua volta para a Dinamarca em 1931. A experiência na África rendeu-lhe uma falência, mas também material para dois de seus principais livros: A fazenda africana (Out of Africa, 1937) e Sombras na relva (Shadows on the Grass, 1960).
         Ainda que escrevesse regularmente para jornais, só em 1934 publica o seu primeiro livro, Sete narrativas góticas (Seven Gothic Tales), sob o pseudônimo — que usaria em boa parte de seus livros — de Isak Dinesen ("Isak" significa "aquele que ri", em hebraico). O estilo refinado da autora e suas histórias fantásticas rapidamente alcançam sucesso.
         Em 1942 publica Contos de inverno (Winter's Tales), com memórias de sua infância e lendas dinamarquesas. Seu livro seguinte, As vingadoras angélicas (The Angelic Avengers, 1944), escrito durante a ocupação nazista, foi o único publicado sob o pseudônimo de Pierre Andrézel.
         A baronesa Karen Blixen escreveu ainda Fotografias antigas (Daguerreotypes, 1951), Últimos contos (Last Tales, 1957), Anedotas do destino (Anedoctes of Destiny, 1958), que inclui o famoso conto "A festa de Babette" (também publicado em livro, Babette's Feast) e Ehrengard (Ehrengard, 1963). Morreu em Rungstedlund, sua propriedade em Rungsted, no ano de 1962.

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